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A História da Mãe de Francisco


Parto Normal depois de 3 cesáreas

Mesmo depois do nascimento do 3º filho ela não sentia que tinha parido.

Na quarta gestação ela se preparou de dentro pra fora e acreditou que era capaz de ter um bebe de parto normal (no hospital) mesmo depois da 3ª cesárea.

Homenagem do Movimento de Resgate da Essência do Feminino – Mães da Pátria à Larissa que acreditou que era capaz e resgatou seu instinto.

Valeu Larissa, em ter postado o vídeo com sua história e encorajar muitas mulheres a confiar que esse sonho é possível! Me emocionou, obrigada.

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A Marieta pariu em casa


Marieta com Gigi 2 meses de idade

Conheci a Marieta num encontro de parteiras tradicionais em Brasilia, ela teve a Gigi em casa com o marido, uma parteira e uma doula ( acompanha e cuida da gestante, faz massagem, chás, banhos antes e depois do parto). Convidei a Marieta pra dar um depoimento:

“Durante a gravidez, optei por ter minha filha em casa. Eu sabia, no fundo, que se fosse pro hospital, as chances de ter uma cesárea eram enormes. Por essa e por várias outras razões, decidi procurar uma parteira e me preparar para essa aventura.

Eu queria parir a minha filha, não queria que ninguém fizesse isso por mim.

Li muito, estudei, me informei e ganhei confiança no meu corpo e na minha capacidade de parir. Eu não queria anestesia, oxitocina, episiotomia, epidural, soro, bisturi… não queria nada disso.

Queria sentir o instinto primitivo da mãe que dá a luz e amamenta seu filhote. Eu queria viver esse momento verdadeiramente, consciente e lúcida.

Eu costumo dizer que, hoje em dia, para ter seu filho de forma natural, é preciso lutar muito. E eu lutei.

Primeiro para convencer a minha mãe de que eu não estava completamente louca e que um parto em casa é seguro, sim, senhor. Depois tive que ter muita paciência ao escutar inúmeros comentários absurdos, grosseiros e desrespeitosos.

Eu não falei pra quase ninguém, poucas pessoas sabiam dos meus planos. Eu preferia não falar pra evitar o desgaste, pra evitar o estresse. Até porque as pessoas sempre acham que sabem o que é melhor pra você. Mas, tudo bem. Segui com meus planos até o final.

Me preparei fisicamente, psicologicamente, espiritualmente.

Fiquei vinte e duas horas em trabalho de parto e pari a minha filha em casa, ao lado da cama onde ela foi gerada, de cócoras, com a ajuda do meu marido, de uma parteira, de uma doula e sob os olhares carinhosos de minha mãe.

Foi simplesmente a experiência mais linda e enriquecedora da minha vida. E o melhor de tudo: foi o dia em que conheci Gigi, minha florzinha mais amada do mundo! Salve, salve, Gigi!!!”

Salve, salve Marieta uma verdadeira mulher, heroína da sua própria história. Marieta e Paloma fazem parte do meu projeto pessoal Mães da Pátria, Resgate da Essência do Feminino através das Parteiras que conta histórias de “mulheres de verdade” conectadas com o feminino.

Gigi, Marieta e a Paloma que esteve com elas durante o parto

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Dar o Peito é o Máximo!


Sema Mundial De Aleitamento Materno

de 1º a 7 de agosto

Caludia Leite campanha 2009

Todos os anos mais de 10.000.000 ( dez milhões) de crianças, com menos de 5 anos, morrem no mundo de doenças, que poderiam ter sido evitadas, se elas tivessem, no minimo, sido amamentadas exclusivamente até os 6 meses de vida.

Vanessa Lois e Thiago Lacerda 2007

Em 1990 foi criado pela Organização Mundial de Saúde e a UNICEF, um tratado chamado “ Declaração de Innocenti” para apoiar a amamentação em todo mundo  que tem como base:

• implantar com eficiência os 10 passos para o sucesso da amamentaçãoem todas as maternidades.

• Implementar o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno e todas as resoluções relevantes da Assembléia Mundial de Saúde;

• Adotar legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.

Dira Paes 2008

Pra que tudo isso fosse cumprido foi criado a WABA Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação e a Semana Mundial de Aleitamento Materno, no Brasil o Ministério da Saúde e a Sociedade de Pediatria apoiam a campanha (ainda não lançada a campanha de 2010, quem será a escolhida)

BREASTFEEDING ~ Just 10 Steps! The Baby-Friendly Way

Os 10 passos para se tornar um entidade amiga da Amamentação são:

1. Ter uma política de promoção do aleitamento materno, afixada, a transmitir regularmente a toda a equipa de cuida dos de saúde.

2. Dar formação à equipa de cuidados de saúde para que implemente esta política.

3. Informar todas as grávidas sobre as vantagens e a prática do aleitamento materno.

Luiza Tomé 2003

4. Ajudar as mães a iniciarem o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento.

5. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação, mesmo que tenham de ser separadas dos seus filhos temporariamente.

6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou líquido além do leite materno, a não ser que seja segundo indicação médica.

7. Praticar o alojamento conjunto: permitir que as mães e os bebês permaneçam juntos 24 horas por dia.

Isabel Filardis 2001

8. Dar de mamar sempre que o bebê queira.

9. Não dar tetinas ou chupetas às crianças amamentadas ao peito, até que esteja bem estabelecida a lactação.

10. Encorajar a criação de grupos de apoio ao aleitamento materno, encaminhando as mães para estes, após a alta do hospital ou da maternidade.

Glória Pires 2000

Esse ano será a 20ª semana e ela é simultânea em 120 países do dia 1º ao dia 7 de agosto, As campanhas da OMS são é implantadas em 14 idiomas diferentes, no Brasil é criada uma campanha própria.

A Semana Mundial de Aleitamento Materno será comemorada em vários eventos pelo Brasil vamos lá dar uma força e divulgar entre as mamães

SÃO PAULO-  no Horto Florestal, na zona Norte, com uma Caminhada de Incentivo ao Aleitamento, que acontecerá no dia 1º de agosto às 10:00h

No RIO DE JANEIRO o evento será no Leme é organizado  pelas AMIGAS DO PEITO, dia 1º de agosto às 9 horas!

Luiza Brunet 1999

Parabéns as mulheres que participaram dessas campanhas com orgulho de amamentar seus filhos e não tiveram vergonha de mostrar o peito publicamente. A brasileira não tem o hábito de amamentar em público, mais uma vez são as atrizes as modelos que inspiram muitas mamães!

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CONTATO COM MANDELA


museu do Apartheid

Hoje dia 05 de dezembro de 2013 me sinto emocionada por viver na mesma época que viveu Nelson Mandela, um homem que lutou para mudar seu país e acabou mudando o mundo.

(esse post é minha forma de contribuir com as homenagens ao iluminado Nelson Mandela, obrigada Madiba!!!!!)

Ao passar por Cape Town, vc pode se apaixonar pelas belezas geográficas da cidade ou se impressionar com a história de escravidão e discriminação racial que eles viveram até pouco tempo atrás.

Só é possível sentir o peso da história que foi esse período se vc tiver estomago pra visitar Robben Island , agora tombada, e sentir a presença de Nelson Rolihlahla Mandela, que ficou preso durante 26 anos, por ser ativista político e o principal responsável pelo fim da segregação social, que dividiu a população em brancos, negros e indianos


A ilha, teve uma vila habitada com casas, igreja, mesquita, escolas, depois foi usada como descarte de leprosos, que eram abandonados aqui ao vento e frio. A partir da 2º Guerra, passou a ser penitenciária, masculina para negros, criminosos comuns da África do Sul e alguns países vizinhos e prisioneiros políticos.

o mar entre Robben Island e Cape Town, Table Mountain

A vista é privilegiada para Table Moutain, a cidade aparece até relativamente perto, mas a água é tão gelada que é suicídio, para um ser humano, mergulhar nesse mar, ele morreria de hipotermia em alguns minutos, só os pingüins andam livremente entre a praia e o mar.

Durante o dia os prisioneiros quebravam pedras ao ar livre, 365 dias por ano, chuva ou sol, inverno ou verão, usavam uma gruta como banheiro. Vc pode imaginar todos os presos usando uma gruta sem nunca limpa-la? Os brancos tinham verdadeiro horror e nojo naquele lugar, então quando os presos perceberam isso, passaram a usar a gruta como sala de conferência, era o único lugar que podiam ficar sozinhos, deixavam mensagens nas paredes, muitas das decisões que estão na atual constituição foram tomas lá dentro. As pedras no centro simbolizam as várias cores das pessoas que passaram por aqui. Esse lugar reflete tanta luz que as pessoas ficam cegas.

Os setores da prisão são separadas por categorias de presos, religião e raça.

cela que Nelson Mandela passou 8 anos

É incrível sentir a dor e o frio do silêncio dessa ilha. Como suportar tanto tempo dormindo no chão de cimento?

O alarme na porta, as lágrimas da parede, as cicatrizes dos travesseiros, as manchas nos tecidos, estampam sutilmente a dor e o isolamento dos presos políticos que almejavam apenas a igualdade de direitos humanos.

Entre uma catarse e outra, imaginei que apenas os fios de cabelo, as sujeiras e os excrementos podiam se libertar de seus corpos e fugir pelos esgotos.

Sem família, sem cartas, sem jornais, só o profundo isolamento. A meta de cada um era superar o frio, os reumatismos, as pneumonias e as diarréias as dores de cabeça, os choques elétricos de cada dia e sobreviver.

o caminho da liberdade

Foi também superando todos outros homens que Nelson Mandela sobreviveu e perdoou seus 26 anos passados em Robben Island. A superação humana e o perdão se tornou uma bandeira de paz e liberdade, que pode ser vista no filme Invictus de Kenneth Turan. Aqui, hoje, véspera da Copa do Mundo, depois de várias campanhas na TV sobre como ser gentil e respeitar a união entre os povos, todos procuram, ser simpáticos, pelo menos formalmente, quando te cumprimentar socialmente na rua.

a saída da ilha

Passar a tarde em Robben Island, a princípio me apavorou, depois saí daqui com esse sentimento de perdão e de superação dos limites, da paciência de poder esperar o momento certo pra conseguir melhorar o mundo.

“O perdão liberta o coração. A reconciliação limpa o medo por isso é uma arma tão poderosa, …temos que surpreender com compaixão e generosidade”.

Nelson Mandela

Mandela, “passou 67 anos de sua vida se dedicando ativamente a promover e conseguir a mudança social” e por causa disso, a Fundação Nelson Mandela, de Johannesburgo, sugere qua, anualmente, no dia 18 de julho “As pessoas dediquem simbolicamente pelo menos 67 minutos de seu tempo para servir suas comunidades em qualquer coisa que quiserem”. É uma boa iniciativa!

sombras, reflexos e desejos de me inspirar na sua perseverança e paciência

Bia Fioretti, repete o discurso de liberdade e igualdade, das últimas semanas, essa foi a mensagem que eu levei para a Africa do Sul (fui pra lá falar da universalidade dos sentimentos entre as parteiras de todo mundo) e trouxe de volta para o Brasil, um discurso ainda maior, de iguladade entre todas as pessoas no mundo.

 Obrigada Madiba por esse encontro e por essa lição de desapego e liberdade de alma.


WHILE WE WILL NOT FORGET
THE BRUTALITY OF APARTHEID
WE WILL NOT WANT
ROBBEN ISLAND
TO BE A MONUMENT
OF OUR HARDSHIP
AND SUFFERING
WE WOULD WANT IT
TO BE A TRIUNPH
OF THE HUMAN SPIRIT
AGAINST THE FORCES OSF EVIL
A TRIUNPH OF WISDOM
AND LARGENESS OF SPIRIT
AGAINST SMALL MINDS
AS PETTINESS
A TRINPH OF COURAGE
AND DETERMINATION
OVER HUMAN FRAILTY
AND WEAKNESS

Ahmed Kathrada 1993


192 Estados-membros da Assembleia Geral da ONU escolheram o dia 18 de julho como Dia Internacional Nelson Mandela, assim o dia do aniversário do ex-presidente sul-africano é comemorado Dia Internacional do Ativismo.

Essa é uma forma de recompensar Madiba que dedicou sua vida às causas que a ONU defende na conduta sobre os conflitos inter-raciais, pelos direitos humanos e a defesa entre a igualdade dos sexos



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Vida de Garupa


Depois de ter fotografado 1.000 mães amamentando em Santos,  que tal fotografar 10.000 motocicletas juntas em Minas Gerais?

Um grupo motociclistas que adoravam Harley Davidson foram incentivados por um homem conhecido por Berg e escolheram Tiradentes como ponto de encontro para os amigos que vinham do Rio, Belo Horizonte e São Paulo. Esse encontro se tornou o clássico do clássico já que ter uma Harley é um ícone

O que começou com um grupo de 35 amigos em 1991, no ano seguinte já eram mais de 200 motos e hoje, 17 anos depois, já chega há 10.000 motos e 25 mil pessoas, sempre no último final de semana de junho.

nada melhor que passar a viagem com uma câmera na mão

Quinta- feira, nos encontramos no posto da Trabalhadores às 8:30 da manhã, o maior frio e eu com uma gripe danada. Eu poderia ter ido de carro com as mulheres de alguns amigos, mas do que vale uma viagem de moto se não enfrentar a garupa, faça chuva ou faça sol?

muitos pedágios na Trabalhadores e Dutra

No início da viagem estava muito frio pra mim. A Dutra é sempre muito tensa: caminhões, transito, mas ao entrar em Canas ( perto de Cachoeira Paulista) a viagem fica linda

Cruzar a Serra da Mantiqueira é maravilhoso, a estrada estava ótima, vazia, o asfalto sem buracos, o dia lindo e a temperatura começou a esquentar.

essa é minha parte favorita da viagem

Ser garupa normalmente é um papel bem feminino, (ainda não vi o inverso), tenho duas amigas que pilotam suas Harleys, acho o máximo mas não tenho esse pique. Adoro estar atrás, sentir o vento no rosto, vários cheiros diferentes, perceber o movimento do sol, adoro observar as sombras da moto projetada na paisagem.

Nós atravessamos várias cidadezinhas, todo mundo sai na janela pra ver o comboio, as crianças dão tchauzinho, os homens brindam com um copo de cerveja na mão, alguma mulheres olham de lado desejando estar também numa garupa.


Andar de motocicleta tem um “Q” de potência, de virilidade e de desafio, estar sendo guiada é uma experiência de papéis bem definidos do masculinos e feminino. Mesmo eu que  trabalho, me sustento e sou independente, gosto muito de estar sendo guiada e não ter que me preocupar. (É apenas uma manifestação do ser feminino).

A chegada a Tiradentes é junto com o cair da tarde, ficamos na pousada de charme Alforria, o Valério sempre nos recebe com chá de Erva cidreira natural e biscoitinhos caseiros. Nós ainda estávamos cheirando a gasolina, tomamos o chá quentinho tiramos as roupas de couro e a recompensa com um banho . Depois o encontro é no escrtório, apelido do bar Conto de Reis” pra tomar cachaça de Salinas.

A cidade fica lotada, as pousada são reservadas com 1 ano de antecedência, muitos estandes, badalação e o melhor são os ótimos restaurantes, bem requintados. Tiradentes é um dos pontos gastronômicos do país, vale a pena ir  pra lá, tem opções para todos os gostos. A arte e o artesanato são preciosos também, imperdível é a ida a Bichinho comer a comidinha mineira do restaurante da Angela também, lá foi o lugar que começou a Oficina de Agosto.


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Contato com Mandela


museu do Apartheid

Os 192 Estados-membros da Assembleia Geral da ONU escolheram o dia 18 de julho como Dia Internacional Nelson Mandela, assim o dia do 92º aniversário do ex-presidente sul-africano é transformado em um “dia internacional do ativismo”.

Essa é uma forma de recompensar Madiba que dedicou sua vida às causas que a ONU defende na conduta sobre os conflitos inter-raciais, pelos direitos humanos e a defesa entre a igualdade dos sexos.

Ao passar por Cape Town, vc pode se apaixonar pelas belezas geográficas da cidade ou se impressionar com a história de escravidão e discriminação racial que eles viveram até pouco tempo atrás.

Só é possível sentir o peso da história que foi esse período se vc tiver estomago  pra visitar Robben Island , agora tombada, e sentir a presença de Nelson Rolihlahla Mandela, que ficou preso durante 26 anos, por ser ativista político e o principal responsável pelo fim da segregação social, que dividiu a população em brancos, negros e indianos


A ilha, teve uma vila habitada com casas, igreja, mesquita, escolas, depois foi usada como descarte de leprosos, que eram abandonados aqui ao vento e frio. A partir da 2º Guerra, passou a ser penitenciária, masculina para negros, criminosos comuns da África do Sul e alguns países vizinhos e prisioneiros políticos.

 

o mar entre Robben Island e Cape Town, Table Mountain

A vista é privilegiada para Table Moutain, a cidade aparece até relativamente perto, mas a água é tão gelada que é suicídio, para um ser humano, mergulhar nesse mar, ele morreria de hipotermia em alguns minutos, só os pingüins andam livremente entre a praia e o mar.

Durante o dia os prisioneiros quebravam pedras  ao ar livre, 365 dias por ano, chuva ou sol, inverno ou verão, usavam uma gruta como banheiro. Vc pode imaginar todos os presos usando uma gruta sem nunca limpa-la? Os brancos tinham verdadeiro horror e nojo naquele lugar, então quando os presos perceberam isso, passaram a usar a gruta como sala de conferência, era o único lugar que podiam ficar sozinhos, deixavam mensagens nas paredes, muitas das decisões que estão na atual constituição foram tomas lá dentro. As pedras no centro simbolizam as várias cores das pessoas que passaram por aqui. Esse lugar reflete tanta luz que as pessoas ficam cegas.

Os setores da prisão são separadas por categorias de presos, religião e raça.

cela que Nelson Mandela passou 8 anos

É incrível sentir a dor e o frio do silêncio dessa ilha. Como suportar tanto tempo dormindo no chão de cimento?

O alarme na porta, as lágrimas da parede, as cicatrizes dos travesseiros, as manchas nos tecidos,  estampam sutilmente a dor e o isolamento dos presos políticos que almejavam apenas a igualdade de direitos humanos.

Entre uma catarse e outra, imaginei que apenas os fios de cabelo, as sujeiras e os excrementos podiam se libertar de seus corpos e fugir pelos esgotos.

Sem família, sem cartas, sem jornais, só o profundo isolamento.   A meta de cada um era superar o frio, os reumatismos, as pneumonias e as diarréias as dores de cabeça, os choques elétricos de cada dia e sobreviver.

o caminho da liberdade

Foi também superando todos outros homens que Nelson Mandela sobreviveu e perdoou seus 26 anos passados em Robben Island. A superação humana e o perdão se tornou uma bandeira de paz e liberdade, que pode ser vista  no filme Invictus de Kenneth Turan. Aqui, hoje, véspera da Copa do Mundo, depois de várias campanhas na TV sobre como ser gentil e respeitar a união entre os povos, todos procuram, ser simpáticos, pelo menos formalmente, quando te cumprimentar socialmente na rua.

a saída da ilha

Passar a tarde em Robben Island, a princípio me apavorou, depois saí daqui com esse sentimento de perdão e de superação dos limites, da paciência de poder esperar o momento certo pra conseguir melhorar o mundo.

“O perdão liberta o coração. A reconciliação limpa o medo por isso é uma arma tão poderosa, …temos que surpreender com compaixão e generosidade”.

Nelson Mandela

Mandela, “passou 67 anos de sua vida se dedicando ativamente a promover e conseguir a mudança social” e por causa disso, a Fundação Nelson Mandela, de Johannesburgo, sugere que, no 18 de julho, “as pessoas dediquem simbolicamente pelo menos 67 minutos de seu tempo para servir suas comunidades em qualquer coisa que quiserem”.

sombras, reflexos e desejos de me inspirar na sua perseverança e paciência

Bia Fioretti, repete o discurso de liberdade e igualdade, das últimas semanas, essa foi a mensagem que eu trouxe para a Africa do Sul (vim aqui pra  falar da universalidade dos sentimentos entre as parteiras de todo mundo) levo de volta para o Brasil, um discurso ainda maior, de iguladade entre todos no mundo.

 
 
 
 
 
 
 
Perdi meu xale de lã pura nesse lugar, era de estimação feito  por uma parteira, que me acompanhava em todas as viagens, a princípio fiquei  muito triste, depois doei espiritualmente para aquelas ALMAS GELADAS que ficam assombrando esse lugar. Pratiquei o desapego ao dedicar cada um dos fios a cada um dos espíritos, como uma oração, para que também superem o sofrimento.
 
 
 

 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obrigada Madiba por esse encontro e por essa  lição de desapego e liberdade de alma.


WHILE WE WILL NOT FORGET
THE BRUTALITY OF APARTHEID
WE WILL NOT WANT
ROBBEN ISLAND
TO BE A MONUMENT
OF OUR HARDSHIP
AND SUFFERING
WE WOULD WANT IT
TO BE A TRIUNPH
OF THE HUMAN SPIRIT
AGAINST THE FORCES OSF EVIL
A TRIUNPH OF WISDOM
AND LARGENESS OF SPIRIT
AGAINST SMALL MINDS
AS PETTINESS
A TRINPH OF COURAGE
AND DETERMINATION
OVER HUMAN FRAILTY
AND WEAKNESS

Ahmed Kathrada 1993



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Nação Zulu- dica na África do Sul


KAWAZULU = lugar do Paraíso, a região onde o guerreiro kraal Shaka viveu suas vitórias sangrentas, foi reconstruído pra uma superprodução cinematográfica. Vários nativos que dominavam os costumes Zulus foram contratados pra reconstruir uma autentica aldeia Zulu do sec. XIX.

foto de 1885

A história do estrategista repete as muitas outras de outras partes mundo, filho bastardo do rei com a mulher mais linda do povo, Shaka, nasceu e cresceu repudiado pela comunidade, até que se tornar um heroi ao mudar a forma de guerrear, criou novas lanças, mais curtas e com a ponta longa e os novos escudos. Ele inventou manobras de guerra e treinou seu exercito, que o tornou “quase” invencível. Como ele tinha muita mágoa interior, destruia quem aparecia na sua frente. Criou-se o Mito Shaka Zulu.

Depois do filme pronto a aldeia foi devolvida pra comunidade que transformou o local num projeto sustentável, apesar da miséria da região é seguro  visitar a aldeia e pode tirar foto a vontade.

o lugar é bem inspirador

Cheguei ontem em Durban e hoje deram um jeito de eu visitar a aldeia que fica no caminho pra Moçambique. Na vila vive várias famílias, 80 pessoas, responsáveis por manter as tradições Zulus, fazem artesanato, ensinam as danças, as músicas, fazem a cerveja e usam indumentárias típicas, tem até um centro cultural. As crianças, filhos dessa comunidade tem ônibus especial pra ir a escola. O governo dá subsídios pra manter viva a herança cultural do temido guerreiro, amado e odiado por muitos (depende do lado que vc tá, se vê é Zulu ou se vc é de outra etienia ,Shaka matava qquer um que não fosse Zulu, mesmo de outra etienias afros). A geografia é linda tudo a céu aberto; nada, nada fake. Tudo é real vivo e funciona.

imagino esse pessoal dançando na abertura da Copa do Mundo aqui na África.

O povo Zulu é cinco vezes maior que a população branca, até o presidente da África do Sul é Zulu.

A vista vale a pena, tem almoço típico, vendem todo tipo de artezanato, mas dá prazer em comprar da mão de quem acabou de fazer, (não tem nada de made in China). O ritmo, a dança é um misto de nativos com samba, tem até cuíca. Dá pra sentir como temos referências em comum. Eu que fico a procura de símbolos do universo feminino encontrei muita coisa, muitas mulheres com bebes, muitos icones, pra rechear o meu trabalho das parteiras, até casamento zulu eu consegui. Finalmente Bia Fioretti pesquisa as mulheres da África do Sul, um sonho que se realiza.

A viagem pra chegar  em Shakaland é longa, boa parte pela costa do Oceano Indico, mas vale a pena, se preferir dá pra se hospedar na comunidade, tem quartos com conforto e serviço de hotel. Pra quem for ver os jogos em Durban, vale a dica de um programa pra fazer entre os jogos de futebol. E lindo e a cuíca faz ferver o nosso sangue com o rítmo.

vista do restaurante dentro da tribo

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13 de maio -libertação


Com apenas dois artigos foi assinada a lei Áurea:

Artigo1 : A partir dessa data, a escravidão é declarada abolida no Brasil

Artigo 2: Todos os dispositivos contrarios a este estão revogados.

Uma mulher, em 1888 tomou essa atitude, não importa os motivos, ou quais foram as influências sobre ela mas, foi a princesa (nem rainha era) que decidiu por fim naquela situação. Depois, coitada, jogaram toda a culpa da queda da monarquia sobre ela. Imagina que peso e que papel ela tem dentro da história.

O fato que a luta de liberdade não foi tão sangrenta como em outros lugares e que os africanos nos trouxeram algo maior que o desejo de liberdade, eles nos deram cor, sabor, parte dos saberes e da fé do nosso povo.

Hoje 13 de maio de 2010 eu, Bia Fioretti estou na Africa do Sul, pela primeira vez e justo hoje é minha palestra sobre as parteiras no mundo. É uma sensação incrível estar aqui prestando contas dessa herança étnica e cultural.

fotos de parteira, que fiz hoje 13 de maio, na Africa do Sul

Hoje estou aqui para nos apresentar e prestar contas de quem somos de fato e o que herdamos deles contando alguma das nossas histórias de parteiras

Apesar de ter chegado a menos de 48h e não ter saído de dentro do congresso dá pra perceber o esforço que todos fazem para ser amigáveis.

Soube que a profissão de enfermágem foi a primeira a ter igualdade de salário entre negros e brancos por isso houve uma grande procura pela profissão.

As enfermeiras parteiras africanas ainda lutam pela busca da humanização do parto, como em qualquer outro lugar que ja estive, mas é incrível a igualdade de condição salarial entre brancos e negros ter começado justamente entre as parteiras enferemeiras.

Aqui nessa auditório olhando as minhas fotos espalhadas pela sala e comparando a fisionomia e o olhar entre as minhas fotos e os rostos dessas mulheres aqui presentes, sinto que fiz a escolha certa ter vindo pra cá. (Não consegui incluir mais fotos e corrigir o texto, afinal eu uso MAC e tô num PC, socorro, depois eu concluo, mas quero postar assim mesmo, sorry)

Hoje 13 de maio eu faço a minha parte na luta pela liberdade de escolha e pela igualdade entre os povos.

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Tidú – remédio pra alma


Eu tava no olho do furacão dos meus 40 anos, no meio daquela crise de bússola desorientada. Prestes a me separar (depois de 14 anos), não via mais nada, tava completamente cega. Entrei num processo anoréxico, melancólico, não curtia como devia as crianças e, lógico, afogava as mágoas no trabalho. Até aquele momento eu nunca havia cruzado uma fronteira social, não tinha vida de dondoca, pq ralava muito, mas era bem patricinha – toda familia, casa trabalho, shopping, passaporte, cabelereiro.

Foi quando uma amiga, daquelas amigas; amigas mesmo, Adri Costa, fez um convite e me levou para o Espírito Santo ( olha bem o nome do lugar e s p i r i t o  s a n t o), ajudar uma outra amiga dela, a Ninom, que planejava montar uma ONG, “O Caminho das Tradições Sagradas”  e eu tinha que fotografar e depois montar um projetinho . 2h de avião, 4h de carro numa estrada que parecia estar num trem fantasma de tantos perigos. Enfim, chegamos praticamente abduzidas num vilarejo, um cenário, quase na fronteira Bahia. Fronteira mesmo porque chegar lá parecia, um faroeste a caminho do fim de mundo ou seria a caminho do paraíso.

 

 

a parteira Tidú

 

Naquela noite encontrei a primeira deusa do feminino, aquela mulher que fez mudar o meu olhar para o mundo e consequentemente, mudou o rumo da minha vida. Tidú era parteira, conselheira, psicóloga, curandeira, ….eira, ela não contava história ela recitava as histórias e eram tão envolventes que se Guimarães Rosa tivesse escutado, teria se apaixonado.

Não havia um problema sem oração e sem solução.

Não havia uma erva , um matinho, que não curasse.

Ela era tão original que até o velho casaco rasgado, tava amarrado de uma forma mega fashion. A Dri e eu sentamos aos pés dela, enquanto Ninom fazia todas as perguntas e conduzia a conversa. Ficamos muitos dias juntas, e no final eu era a “fiel guardiã” de histórias incríveis.

Eram histórias além dos partos,  no fundo Tidú era uma grande terapeuta, aquela sábia como a avó-árvore do filme da Pocahontas.

Depois de uns dias, #surteigriteichorei, desabafei, pedi conselhos, vomitei meus segredos e  abri todos os medos pelo meu futuro. Ela olhou pra mim com aquela carinha de vóz da consciência e falou:

“Tem que chegar alguém na planta pra não murchar.

“Ocê tem que viver da forma que a ocê quer, pra ser feliz”

“Faça um mingau, beba e agradeça a Deus o dia que você vive”…. então Tidu completou:” eu faço o sinal da cruz e peço licença a Deus pra descansar e pra Nossa Senhora dos Passos pra me guiar no dia seguinte”.

No primeiro instante não entendi nada, queria respostas, tipo faço isso ou aquilo? Vou não vou? Caso ou compro uma bicicleta? Mas depois eu entendi –

tradução: É  vc tem que fazer algo por vc mesma, tem que se cuidar, se não acaba morrendo ou adoecendo, vc tem que fazer as coisas que te deixe feliz, que te dê prazer. Não existe remédio, vc tem que parar de se lamentar e começar a agradecer o que vc tem, volte a se nutrir, que vc alimenta o corpo e o espirito. Então ela disse: ” A noite quando eu vou dormir e não sei como resolver um problema, eu peço liceça a Deus pra dormir em paz  e que no dia seguinte eu saiba o que e como resolver”. Pedir licença a Deus seria reconhecer uma força uma energia maior que não te abandona. e todo dia, naquela hora que me boicotava eu pensava – tenho me regar como planta e alimentar o meu espírito, parace óbvio, mas na hora funciona.

Naqueles dias eu aprendi uma palavra chave “confiança”. Foi Tidu quem me inspirou a descobrir se as parteiras em geral seriam como ela. Fortes, sábias, conselheiras, mulheres que se propõe a ajudar os outros. Assim começou a minha busca da essência do feminino. O que essa nova Bia Fioretti pretente com isso?   Descobrir o que todas essas mulheres tem em comum, qual é essa essencia que temos em comum,  independente da cultura, raça ou religião. Assim nasceu o meu projeto pessoal, Mães da Pátria – Movimento de Resgate do Feminino através das Parteiras Tradicionais – foi por acreditar e conviver na energia que tem mulheres como ela que me tornei outra pessoa. Eu consegui superar  um monte de crise, me desconstruí e me reconstruí ( veja o post da CAOS) e aprendi a ajudar outras pessoas.

Nunca conheci parteira triste, ou parteira feia ou parteira que reclamasse da vida. Uma parteira nunca se sente só, sempre escuto: Era eu e Deus…

Semana passada, estava numa roda de mulheres, no encontro da lua Nova, organizado pela Sabrina, e conheci a Alba, que tava de passagem por São Paulo (vc não acreditaria mas ela tava sentada do meu lado). Não sei como o assunto surgiu mas ela também conhecia Tidu e havia feito um outro trabalho sobre o resgate da ancestralidade daquela vila mágica, foi quando ela me falou que ela Tidú tinha morrido, há poucos meses (2009).

Tidu é a parteira nº 1 das mais de 900 mulheres que já entrevistei.

Apesar de beata, Tidu era mesmo uma religiosa do próprio espírito .

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O parto da Gisele Bündchen


A mais nova modelo do parto humanizado

meia perna – A primeira vez que vi Gisele Bündchen na mídia faz uns 13 anos, ela estava na capa de uma embalagem de meias de nylon cor da pele, de uma fábrica de meias que já imprimia a sua personalidade no mercado, a Puket, . Eu trabalhava na nova campanha de propaganda dessa marca e recebi uma série de meias-calça, que me surpreenderam porque eram melhores que o padrão do mercado. Na época nas caixas das meias tinham apenas a foto do detalhe de um par de pernas na capa da embalagem.

usávamos de manhã a noite, e sempre com um par extra na bolsa, a qualquer momento puxava o fio

• corpo inteiro – A Puket inovou, quebrou o padrão da época colocou na capa das meias modelos de corpo inteiro, investiu em novas embalagens, e suas meias estavam em modelos lindas e foram clicadas por bons fotógrafos – Assim, a imágem insinuava que Gisele Bündchen estava nua, vestida só com as meia de nylon “nude”, que não apareciam.

Daquele job sobrou alguns produtos para eu usar, realmente eram ótimas, naquela época usávamos, “meia fina” em qualquer ocasião. Eu normalmente trazia ou encomendava as minhas da Century 21, ou pedia pra quem viajava pra NY, tinha uma gaveta cheia dessas meias.

• achados e perdidos – A moda mudou. Outro dia abri a tal gaveta, tipo sem querer mesmo, e achei as meias nylon, algumas ainda estava fechadas, foi aí que me dei conta que aquela jovem da capa da meia Puket era a nossa atualmente famosa Übermodel Gisele Bündchen, no início da carreira. Na época era apenas uma adolescente bonita

Gisele Bündchen nos anos 90

No país do futebol, Gisele Bunchen virou ícone nacional, nós mulheres tínhamos agora um ídolo feminino, pra mim a referencia do imagem das palavras Mulher X Brasil, no exterior, era até então, Carmem Miranda, que nem brasileira era. Digo mulher personalidade, não estereótipo de biquínis recheados de bundas e peitos.

republica das bananas

• caminhada – Gisele passa a ser reconhecida por sua beleza e a personalidade marcante de quem impõe o seu próprio estilo e não precisava desfilar com “bananas penduradas a tiracolo” em todos os sentidos.

Nós, os espectadores, passamos a ter a percepção que ela tinha uma educação cheia de conexões familiares. Era a sua família que aparecia na mídia, não as suas farras e festanças. Quantas mulheres não sentiram orgulho, como se fossemos nós mesmas, que namorássemos o herói do Titanic e o mais legal é que tivemos a impressão que foi ela que dispensou o bonitão.

Gisele Bunchen nos levava ao olimpo ou nos fazia acreditar que uma mortal poderia chegar lá. Ela, um misto Vênus com a autenticidade da mulher do interior.

essa Nossa Sra. do Bom Parto estava na parede da casa da minha avó

• dois pares de pernas – De repente ídolo se casa escondido, protege a sua gestação e quando ligo a TV escuto a chamada do programa que se diz o “show da vida” e que normalmente me arrepia de tanto show de desgraças. Sabe daquela musiquinha que nos faz lembrar que o final de semana acabou? De repente escuto a dita chamadinha mas dessa vez anuncia que a nossa mulher maravilha teve um bebe de parteira na banheira da sua casa. Como assim? Passei o final de semana com a tv ligada atenta na musiquinha.

M A R A V I L H A.!!!!! Ao decidir por um parto natural, Gisele comprova que além de poderosa é corajosa e está mais empoderada. Hoje a recém parida Gisele Bündchen foi porta voz do parto humanizado e com seu testemunho reforça a causa que tanto defendemos na Rede de Humanização do Parto e Nascimento. ReHuNa

• de pernas pro ar – Brasil é recordista mundial no número de cesarianas . A Organização Mundial de Saúde recomenda: só 15% dos partos devem ser cesáreas. Mas no Brasil, nos hospitais particulares, foram 84% no ano passado, de acordo com a Agência Nacional de Saúde. Na rede pública, 31%. Os médicos defendem a cesariana, segundo eles por uma questão de segurança mas Ministério da Saúde questiona essa recomendação, porque para o governo, o parto normal é muito mais seguro para a mãe e para o filho.

• ter os pés no chão – Ouvi uma vez que ter um filho dessa forma, natural e sem anestesia transforma a mulher em heroína da própria vida. No último ano o número de mulheres que, estando em condições clínicas perfeitas para ter parto natural, sem anestesia, dentro de casa – que enfrentou o preconceito social e do sistema de saúde formal e escolheu uma parteira é incrível . Essa opção deixou de ser uma opção de pessoas humildes ou hippies, naturebas, alternativos que se alimentam de amor e uma cabana.

a mulher empoderada mantém os pés para baixo durante o parto, assim não perde a conexão com a mãe terra e nem consigo mesma

Muitas mulheres lindas, colunáveis, de alto poder social, passaram a ter orgulho de mostrar que são mulheres que respeitam seus corpos físicos, espirituais e acima de tudo fisiológicos. E que depois dessa experiência ainda ficaram mais bonitas.

Esse assunto esteve na mídia há um ano quando a modelo Andréa, mulher do ator Marcio Garcia teve o terceiro bebe na própria cama, em casa, com a parteira @heloisalessa, o bebe nasceu com 3,95kg (repare o tamanho da criança) e 50cm , o primeiro filho dela foi cesárea, o segundo parto normal no hospital e esse em casa.

caras.com.br

erik e larissa 4 meses depois da chegada do bebe

A também modelo Larissa Burnier casada com o ator Erik Marmo, teve o Daniel de parto normal e em casa, também com a @heloisalessa, o bebe nasceu com 54 centímetros e 3,8 kg.

• Hoje sinto o meu dia ganho. Gisele Bündchen relata o nascimento do seu filho na água. Parir com uma parteira e na água é uma prática muito usada fora do Brasil. O bebe já estava dentro da água quando estava na barriga da mãe. Quando nasce ele ainda está respirando através do cordão umbilical por isso não se afoga. O bebe só passa a respirar pelos pulmões quando o cordão é cortado. Nesse vídeo abaixo, filmado pelo Dr. Miguel, da Clinica la Primavera, no Equador, pode-se ver como é um parto na água – É LINDISSIMO!  NÃO PERCA, É UMA POESIA, o parto de Gisele Bündchen deve ter sido semelhante

• pôs as pernas pra fora – Nesse domingo, escutamos um verdadeiro Show da Vida com o relato fantástico da nossa superpoderosa modelo Gisele Bündchen, que aparece exatamente quando acaba o resguardo (6 semanas). Ela coloca com perfeição e simplicidade as questões do tempo do parto (8 horas é muito bom para 1º filho), da conexão com a mãe – ancestralidade – não delega para 3º. Ela fala da esperança e desejo de imaginar que a cada contração o bebe estaria chegando mais perto dela, assim ela transformou a dor. reveja a entrevista do Fantástico

• desnuda de corpo e alma – A menina da capa das meias de nylon, se coloca inteira, Gisele Bündchen se despe e nos mostra a pureza do seu espírito, se coloca assim conectada como um modelo, não de passarelas, mas modelo do Universo Feminino, assim com a mesma importância, força e a coragem se colocaram as “veteranas” Andrea e Larissa quando decidiram ter filhos de forma natural.

Todas essas modelos profetizam no seus relatos a Ciência do Início da Vida, tese escrita e defendida pela renomada psiquiatra Dra. Eleanor Madruga Luzes, esse trabalho está disponível para lido, copiado e divulgar no link acima e todo mundo deveria conhecer.

Agora, com essa grande bandeira hasteada, em pleno horário nobre, sigamos passo a passo esse modelo de vida.

E eu, Bia Fioretti, dentro desse universo feminino, caminho pé ante pé para registrar essas histórias no projeto Mães da Pátria .Dediquei todo esse final de semana a esse post, na esperança de encorajar cada vez mais mulheres a viver, com segurança, essa experiência. Desejo, em curto espaço de tempo, que a população de deusas do feminino e de bebes iluminados aumente, para assim termos o nosso planeta + feliz, + protegido e + respeitado.

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