Essa é uma verdade inquestionável, se tudo estiver bem com a mãe e o bebe.
Nas minhas andanças por esses Brasis ouvi essa frase de uma parteira que entrevistei no meu projeto Mães da Pátria. Por respeitar esse direito elas estão sempre a disposição, não antecipam, não aceleram, simplesmente respeitam o tempo de cada um, da mãe e do bebe. Não falo só da parteira tradicional daquela temos na memória, também as parteiras, midwives, formadas no Brasil e pelo mundo pensam da mesma forma.
Mesmo se a mãe decidir por uma cesariana dá pra respeitar esse direito do bebe se esperar um dos sinais de trabalho de parto. Hoje em dia os médicos estão antecipando a data do nascimento indiscriminadamente, eles argumentam que se o bebe já está pronto porque esperar: Vc não está louca pra se livrar dessa barriga? Se a criança nascer com menos de 3 kg, a mãe não for fumante, nem hipertensa, ele nasceu antes da hora. O bebe pode até recuperar rápido num primeiro momento, mas depois ele sentirá o tempo que faltou, emocionalmente, manifestando uma série de sintomas psicossomáticos, inclusive insegurança e ansiedade.
Respeite o tempo do seu bebe, respeite o tempo da natureza!
Conheci a Marieta num encontro de parteiras tradicionais em Brasilia, ela teve a Gigi em casa com o marido, uma parteira e uma doula ( acompanha e cuida da gestante, faz massagem, chás, banhos antes e depois do parto). Convidei a Marieta pra dar um depoimento:
“Durante a gravidez, optei por ter minha filha em casa. Eu sabia, no fundo, que se fosse pro hospital, as chances de ter uma cesárea eram enormes. Por essa e por várias outras razões, decidi procurar uma parteira e me preparar para essa aventura.
Eu queria parir a minha filha, não queria que ninguém fizesse isso por mim.
Li muito, estudei, me informei e ganhei confiança no meu corpo e na minha capacidade de parir. Eu não queria anestesia, oxitocina, episiotomia, epidural, soro, bisturi… não queria nada disso.
Queria sentir o instinto primitivo da mãe que dá a luz e amamenta seu filhote. Eu queria viver esse momento verdadeiramente, consciente e lúcida.
Eu costumo dizer que, hoje em dia, para ter seu filho de forma natural, é preciso lutar muito. E eu lutei.
Primeiro para convencer a minha mãe de que eu não estava completamente louca e que um parto em casa é seguro, sim, senhor. Depois tive que ter muita paciência ao escutar inúmeros comentários absurdos, grosseiros e desrespeitosos.
Eu não falei pra quase ninguém, poucas pessoas sabiam dos meus planos. Eu preferia não falar pra evitar o desgaste, pra evitar o estresse. Até porque as pessoas sempre acham que sabem o que é melhor pra você. Mas, tudo bem. Segui com meus planos até o final.
Me preparei fisicamente, psicologicamente, espiritualmente.
Fiquei vinte e duas horas em trabalho de parto e pari a minha filha em casa, ao lado da cama onde ela foi gerada, de cócoras, com a ajuda do meu marido, de uma parteira, de uma doula e sob os olhares carinhosos de minha mãe.
Foi simplesmente a experiência mais linda e enriquecedora da minha vida. E o melhor de tudo: foi o dia em que conheci Gigi, minha florzinha mais amada do mundo! Salve, salve, Gigi!!!”
Salve, salve Marieta uma verdadeira mulher, heroína da sua própria história. Marieta e Paloma fazem parte do meu projeto pessoal Mães da Pátria, Resgate da Essência do Feminino através das Parteiras que conta histórias de “mulheres de verdade” conectadas com o feminino.
Gigi, Marieta e a Paloma que esteve com elas durante o parto
Todos os anosmais de 10.000.000 ( dez milhões) de crianças, com menos de 5 anos, morrem no mundode doenças, que poderiam ter sido evitadas, se elas tivessem, no minimo, sido amamentadas exclusivamente até os 6 meses de vida.
Vanessa Lois e Thiago Lacerda 2007
Em 1990 foi criado pela Organização Mundial de Saúde e a UNICEF, um tratado chamado “ Declaração de Innocenti” para apoiar a amamentação em todo mundo que tem como base:
• implantar com eficiência os“10 passos para o sucesso da amamentação” em todas as maternidades.
• Implementar o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno e todas as resoluções relevantes da Assembléia Mundial de Saúde;
• Adotar legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.
Dira Paes 2008
Pra que tudo isso fosse cumprido foi criado a WABA Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação e a Semana Mundial de Aleitamento Materno, no Brasil o Ministério da Saúde e a Sociedade de Pediatria apoiam a campanha (ainda não lançada a campanha de 2010, quem será a escolhida)
BREASTFEEDING ~ Just 10 Steps!The Baby-Friendly Way
Os 10 passos para se tornar um entidade amiga da Amamentação são:
1. Ter uma política de promoção do aleitamento materno, afixada, a transmitir regularmente a toda a equipa de cuida dos de saúde.
2. Dar formação à equipa de cuidados de saúde para que implemente esta política.
3. Informar todas as grávidas sobre as vantagens e a prática do aleitamento materno.
Luiza Tomé 2003
4. Ajudar as mães a iniciarem o aleitamento materno na primeira meia hora após o nascimento.
5. Mostrar às mães como amamentar e manter a lactação, mesmo que tenham de ser separadas dos seus filhos temporariamente.
6. Não dar ao recém-nascido nenhum outro alimento ou líquido além do leite materno, a não ser que seja segundo indicação médica.
7. Praticar o alojamento conjunto: permitir que as mães e os bebês permaneçam juntos 24 horas por dia.
Isabel Filardis 2001
8. Dar de mamar sempre que o bebê queira.
9. Não dar tetinas ou chupetas às crianças amamentadas ao peito, até que esteja bem estabelecida a lactação.
10. Encorajar a criação de grupos de apoio ao aleitamento materno, encaminhando as mães para estes, após a alta do hospital ou da maternidade.
Glória Pires 2000
Esse ano será a 20ª semana e ela é simultânea em 120 países do dia 1º ao dia 7 de agosto, As campanhas da OMS são é implantadas em 14 idiomas diferentes, no Brasil é criada uma campanha própria.
A Semana Mundial de Aleitamento Materno será comemorada em vários eventos pelo Brasil vamos lá dar uma força e divulgar entre as mamães
SÃO PAULO- no Horto Florestal, na zona Norte, com uma Caminhada de Incentivo ao Aleitamento, que acontecerá no dia 1º de agosto às 10:00h
No RIO DE JANEIRO o evento será no Leme é organizado pelas AMIGAS DO PEITO, dia 1º de agosto às 9 horas!
Luiza Brunet 1999
Parabéns as mulheres que participaram dessas campanhas com orgulho de amamentar seus filhos e não tiveram vergonha de mostrar o peito publicamente. A brasileira não tem o hábito de amamentar em público, mais uma vez são as atrizes as modelos que inspiram muitas mamães!